quinta-feira, 27 de abril de 2017

Capitalismo

Onde chegou o homem
Na pobreza de espírito, na miséria da alma
Chora, chora por emprego, por comida
Por cachaça para esquecer as desgraças...

Quantas injustiças!
Desagregação humana...

Quem é seu próximo?
Somos todos individualistas, vivemos em competição
Os homens no poder, exploram a miséria alheia
Constroem obras faraônicas, nem sempre necessárias
No abandono morrem nossas crianças...

Vivemos numa democracia?
Temos liberdade de expressão?
Claro que não...

O salário dos trabalhadores
Está de acordo com a ganância do patrão
Estamos descaracterizados pelo consumo
Violência por todos os lados...

A que ponto chegamos
Sociedade de extrema desigualdade
Direitos básicos negados, respeito é coisa do passado
Poucos são os privilegiados
Muitos são os marginalizados...

Somos corruptos e corruptores
Vivemos alienados, acreditamos na individual felicidade
Desconhecemos nossa diversidade
Somos um barco à deriva, num mar de ilusões...

Num mundo real teremos chance?
Não, no perverso sistema do capital.

                                                                                           Poema de João Crispim Victorio.
                                                                                           Livro: Sobre o Trabalho que Falo...

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