Sem Norte
O verde da mata
que meus olhos viam
tão rápido tornou-se marrom
Por fim, virou cinza
levada pelo vento sem direção...
Ver tudo de perto
dói demais no peito
Acelera as batidas do coração
deixa vermelho meus olhos irritados
enche de fumaça, os pulmões...
Sem Norte
minhas lágrimas precipitam
Antes mesmo de tocarem o chão
evaporam em meio ao calor do fogo
Sem rio não chegam ao mar...
Onde está o humano,
os amimais e os vegetais
que aos milhares aqui habitavam?
Morreram todos, vítimas da ambição
Vaga meu pensamento, triste olhar...
João Crispim Victorio
Valença, 18 de setembro de 2019