sexta-feira, 12 de junho de 2020

Barra do Piraí, 12 de junho de 2020.


Aos meus Irmãos, Camaradas e Companheiros.

                                                                                 “Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo
                                                                                  Que uma nova mudança, em breve, vai acontecer
                                                                                  E o que algum tempo era novo, jovem, hoje é antigo
                                                                                  E precisamos todos rejuvenescer”. Belchior



Compartilho aqui com vocês um trecho do meu livro publicado em 2018. Faço isso porque sinto necessidade de contribuir para trazer de volta o ânimo, o espírito de luta por justiça e igualdade. Acredito que estamos vivendo tempos difíceis no Brasil, desde 2015. Parece-me até que durante todo este período uma nuvem gigante contendo algum tipo de droga inebriante estacionou sobre nosso país.

Porém, uma luz, ainda que meio tímida, começa a brilhar e aos poucos vêm aumentando sua intensidade. Sim, eu consigo perceber isso, pois conforme canta Belchior, “vejo vir vindo no vento o cheiro de nova estação, eu sinto tudo na ferida viva do meu coração”. Sinto e vejo por que a ferida está viva no meu coração, assim como acredito que está também no coração de vocês. Então, quantas coisas boas, na Europa e em toda a América, tem acontecido atualmente devido algumas insurreições populares contra os donos do poder político e econômico. São coisas que nos faz pensar e acreditar no mundo melhor.

Sei que além de um novo vento temos também um novo vírus que veio para nos fazer refletir sobre a vida que vivemos. Não seremos ingênuos para acreditar que todos vão mudar de atitude, de comportamento e chegaremos ao ideal liberdade, igualdade e fraternidade entre nós. Sabemos que o mal provocado pelo capitalismo não é superficial, pelo contrário está enraizado nos corações de algumas pessoas e, isso as deixam cegas de egoísmo, de individualismo e de preconceitos, sentimentos que as destroem, aniquilam e as tornam insensíveis ao próximo.

Uma nova história precisa ser construída de preferência sem opressores e oprimidos, o modelo positivista acabou. Para tanto, é necessário que nos livremos de monumentos, como por exemplo, o dos Bandeirantes erguido na cidade de São Paulo, pois é uma afronta aos povos indígenas, nativos desta terra, é bom que não nos esqueçamos, e ao negros, ambos perseguidos, violentados e mortos por essa milícia armada. Não precisamos de monumentos para homenagear gente, muitas das vezes construídas por mentiras e com um único objetivo, manter-se no poder.

A nova história deve ser construída com base sólida na verdade e na liberdade. Onde todos venham fazer parte dela. Sendo assim, temos um importante compromisso com tudo isso, lembrando Belchior, “Para abraçar meu irmão e beijar minha menina na rua é que se fez o meu lábio, o meu braço e a minha voz”.


                                                                                        João Crispim Victorio.

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