Andava de um lado para o outro
com o destino incerto
Na esquina da grande avenida
há um corpo caído...
Nas ruas
têm um monte de mendigos
Nas atuais condições
ninguém vive em paz...
Falta escola,
trabalho e comida
Alguns não percebem
a guerra que estão dentro...
Quanto aos desprovidos,
os denominados marginais
os pobres jovens da periferia
Esses já não sonham mais...
Estamos reféns,
entregues ao consumismo
Vivemos uma falsa liberdade
Presos atrás de muros e grades...
A luta pela libertação
não assumimos
Somos muito acomodados
A televisão nos domina...
Violência é coisa banal
Não há indignação
Estamos sempre atrasados
Há tempos não vejo meu irmão...
Até quando afinal.
Poema de João Crispim Victorio.
Livro: Sobre o Trabalho que Falo...
(2013)