não
olhava para o céu
Não refletia sobre o seu azul
sua imensidão sideral
Não olhava mais para as nuvens
não refletia sobre sua formação
seus movimentos suaves...
Há tempos
não reparava uma árvore
Não refletia sobre suas verdes folhas
sua função vital
Não reparava seus frutos
não percebia suas flores
sua sombra no quintal...
Há tempos
não sentia o vento
Não refletia sobre seus deslocamentos
sua importância para nossa vida
Não pensava a Terra
Não lembrava dos indígenas
suas lutas pelas florestas...
Há tempos
não vivia a vida
Não refletia sobre a morte
não escrevia uma poesia
Mas você Pedro
Descalço em terra vermelha
Traz-me inspiração...
Há tempos
não tinha tanta dor
Não refletia sobre o amor
todas as suas implicações
Volto para resistência
Reponho no dedo o anel de Tucum
Pedro, sua luta não foi em vão...
João Crispim Victorio
Não refletia sobre o seu azul
sua imensidão sideral
Não olhava mais para as nuvens
não refletia sobre sua formação
seus movimentos suaves...
Há tempos
não reparava uma árvore
Não refletia sobre suas verdes folhas
sua função vital
Não reparava seus frutos
não percebia suas flores
sua sombra no quintal...
Há tempos
não sentia o vento
Não refletia sobre seus deslocamentos
sua importância para nossa vida
Não pensava a Terra
Não lembrava dos indígenas
suas lutas pelas florestas...
Há tempos
não vivia a vida
Não refletia sobre a morte
não escrevia uma poesia
Mas você Pedro
Descalço em terra vermelha
Traz-me inspiração...
Há tempos
não tinha tanta dor
Não refletia sobre o amor
todas as suas implicações
Volto para resistência
Reponho no dedo o anel de Tucum
Pedro, sua luta não foi em vão...
João Crispim Victorio
Barra do Piraí, 09 de agosto de 2020.