quinta-feira, 16 de julho de 2015

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sábado, 11 de julho de 2015


O Tempo e a História

João Crispim Victorio[i]


     Hoje podemos dizer que, de acordo com a ordem sequencial lógica, tempo é a sucessão dos anos, dos meses, das semanas, dos dias e das horas que passam em nossas vidas. Dá-nos noção do passado, o que ficou para trás, do presente, o que acontece agora e do futuro, o que está por vir, interferindo de forma involuntária no curso da história. Por falar em história, o tempo sempre foi estudado e registrado, desde os filósofos gregos e os astrônomos da antiguidade, até os dias atuais. Estes pensadores e cientistas tentaram explicar a formação do universo através das suas teorias e observações relacionadas à lua, ao sol e às marés. É graças aos estudiosos que a humanidade vem se estruturando em sociedades, com culturas, regras morais e orientações éticas diferentes.

A noção de dia nasceu da observação do contraste entre a luz do sol e a escuridão da noite. A introdução da semana de sete dias é de origem babilônica e foi popularizada durante o Império Romano. A periodicidade das fases lunares gerou a idéia de mês e as alternadas repetições das estações, de acordo com os climas locais, deram origem ao conceito de ano. O conjunto dos anos recebe nomes especiais, dez anos referem-se a uma década, cem anos a um século e mil anos a milênio. Foi a partir do Império Romano, por iniciativa do imperador Júlio César, que o tempo passou a ser organizado em anos de 365 dias, meses variando de 28 a 31 dias. Surgindo assim a base do calendário[1] que conhecemos hoje.

A história pode ser dividida em grandes, médios ou pequenos intervalos de tempo. Ou seja, cada fase histórica nos dá condições para interpretar um determinado momento por fazer parte de um todo relacional entre avanços e recuos nas áreas políticas e econômicas, por exemplo, determinando, de certa forma, a história e o tempo. Relação tão intensa quanto a dos subníveis com os níveis eletrônicos de energia indicando a provável posição de um elétron no modelo atômico atual[2]. Essa divisão da história em relação ao tempo, chamada períodos, é demonstrada por meio da linha do tempo subdividida em História Antiga, Média, Moderna e Contemporânea. Cada um desses períodos históricos tem um fato importante como marco inicial e final.

O tempo pode se modificar devido suas condições meteorológicas. De forma geral, no psicológico das pessoas, devido ao condicionamento cultural, tempo bom, significa calor, gente nas ruas e praças até altas horas da noite e tempo ruim, significa frio, ruas e praças desertas, céu cinzento e até chuva. Mas no fundo sabemos que tanto o sol (calor) quanto a chuva (frio) são necessários à vida e que quando em demasia, podem ser ruins. A falta de chuva, por meses seguidos em uma determinada região, provoca seca resultando no êxodo ou na morte dos nativos, dos animais e das plantas. O contrário também acontece, o excesso de chuva, com a agravante interferência do ser humano ao meio ambiente, causa desmoronamentos de encostas e elevação das águas dos rios, provocando enchentes e destruindo os sonhos de muitos. É bom não esquecer que dependemos do equilíbrio natural de ambos para viver e esse equilíbrio só é possível quando somos equilibrados a ponto de não interferir na dinâmica natural da vida na Terra.

Para os místicos o tempo acontece conforme o movimento pendular, estabelecendo a periodicidade relacional entre ação e reação, definindo as polaridades do próprio universo. Já para Galileu Galilei, descobridor da periodicidade do movimento pendular, o movimento de um pêndulo envolve basicamente uma grandeza chamada período que é o intervalo de tempo que o objeto leva para percorrer toda a trajetória, uma vez que o movimento pendular é periódico. Entretanto, para nós humanos um certo período de tempo dentro da nossa história, curto ou mesmo longo que seja, é na verdade parte de nossa vida que passa e que não nos retorna. Mas nos favorecem com acúmulos de experiências das mais variadas situações de alegria ou de tristeza, de paz ou de guerra, que vivemos e que de alguma forma poderá contribuir para gerações futuras.

O interessante é que podemos lembrar o tempo passado, todavia não podemos adivinhar o tempo futuro e esse pode estar a apenas um segundo de acontecer. O tempo e a história caminham sempre juntos. O tempo independe de nós, a história não. Podemos, por exemplo, saber sobre o período de nossa colonização mesmo sem ter vivido a época, saber o que aconteceu num tempo não muito distante, quando a escuridão e o medo imperaram, por conta de um regime ditatorial imposto pelos militares. Isso só é possível graças aos registros, em papéis, dos fatos ocorridos por aqueles que detinham o poder da escrita ou aos registros na memória, pelos desprovidos desse poder, mas que, de uma forma ou de outra, foram sendo passados de geração a geração.

Dois bons exemplos da importância da oralidade são: primeiro, os livros bíblicos que narram as histórias do povo de Deus. As mesmas de fato só foram escritas muito tempo depois sem perder a credibilidade e o segundo, os esforços de alguns historiadores para resgatar nossa história com base nos fatos do olhar dos povos originários (índios) mantidos por séculos na obscuridade. É muito bom que se diga isso, porque, normalmente a história escrita, contada segundo a versão dos que possuem algum tipo de poder, baseia-se no método positivista[3] e a oral, contada segundo os que não possuem nenhum tipo de poder, muita das vezes vem contestar tais versões ditas oficiais.

O que é o tempo se não a necessidade de realizar algo. Ele pode passar devagar ou rápido demais, tudo depende da angústia que estamos vivendo no momento. Os dias, as horas e os minutos que passam é parte do processo dinâmico do movimento da terra, dos oceanos e das vidas que os habitam. Para nós, os milhões de homens e mulheres que estamos sempre em busca do conhecimento e da superação do próprio limite, cada instante é muito importante.

O tempo é como o vento, por mais brando que seja não passa despercebido. Sentimos a sua presença no nascimento de uma criança, na flacidez dos nossos músculos, quando envelhecemos, e na morte da pessoa que viveu até a idade de completar sua história, consolidando a trajetória com os mais belos e puros sentimentos de liberdade. Por isso, deixa aos mais jovens um legado de ensinamentos para a continuidade da vida no planeta. Acreditando que podemos ser mais do que nossos olhos podem ver.


Rio de Janeiro, 09 de julho de 2015.





[1] Os sumérios, século XXI a.C., precederam e foram incorporados à cultura babilônica, desenvolveram um sistema, baseado no ano de calendário de 360 dias. Este número tinha origem no arredondamento do mês lunar para trinta dias, que se encaixava perfeitamente no sistema matemático e astronômico dos sumérios que era sexagesimal. Os babilônios herdaram a velha numerologia sexagesimal suméria para dividir o dia em 24 horas e consequentemente o ano de 360 dias. A razão para o uso de 24 horas tem relação com o zodíaco, que os babilônicos utilizavam com grande fervor para guiar suas vidas. Possivelmente, dividiam o dia e depois a noite em 12 horas para corresponder aos signos do zodíaco.
[2] Assim como a história é dividida em intervalos de tempo dando condições para analisar e compreender melhor um determinado fato, devido os mesmos estarem relacionados ao todo, que é a vida humana, o átomo é, também, dividido em núcleo, carga elétrica positiva, mergulhado na chamada eletrosfera, nuvem de elétrons, carga elétrica negativa, sem localização determinada. Sua posição é definida em termos probabilísticos por meio de subníveis e orbitais. Ambos, tempo/história e núcleo/eletrosfera, estão relacionados de forma intensa a vida.
[3] O Positivismo pregava a cientifização do pensamento e do estudo humano, visando a obtenção de resultados claros, objetivos e corretos. Os positivistas acreditavam num ideal de neutralidade entre o pesquisador/autor e sua obra. Pode-se dizer que o Positivismo reduz o papel do homem enquanto ser pensante, crítico, para um mero coletor de informações e fatos presentes nos documentos, capazes de fazer-se entender por sua conta.  Os positivistas que estudaram a História, esta assume o caráter de ciência pura: é formada pelos fatos cronológicos e o que realmente significam em si. São objetivos à medida que possuem uma verdade única em sua formação e não requerem a ação do historiador para serem entendidos. O saber histórico, dessa forma, provém do que os fatos contêm, e assume um valor tal qual uma lei da Física ou da Química, ciência exatas.




[i] Professor, Especialista em Educação e Poeta.

domingo, 5 de julho de 2015


Trabalhador do Brasil

Acorda cedo
Ainda é madrugada
Prepara-se para mais um dia de batalha
Toma um simples cafezinho
E mais nada...
 
Faz o sinal da cruz
Em busca de proteção
Pega o ônibus
Sempre fora do horário
Até a estação...

Pensa naquela
Que é dona do seu coração
Embarca num trem lotado
Chega outra vez atrasado
Ganha a bronca que já está acostumado...

Igual a este
Meu senhor
Ninguém nunca viu
Este é o trabalhador do nosso Brasil...

Trabalha oito horas por dia
Nos finais de semana faz “bico” na padaria
Tenta, mas não consegue fazer economia...

Aos trancos e barrancos
Cheio de dívidas no banco
Chega ao fim do ano...

Bebido lembra-se do menino Deus
É natal!

Quatro dias fica em coma
É carnaval!


Poema de João Crispim Victorio
Extraído do livro: Sobre o Trabalho que Falo...
05 de Julho de 2015.

Bíblia: a Escritura Sagrada Inspirada por Deus. João Crispim Victorio – Professor, Especialista em Educação. “Toda Bíblia é comunicação de ...