Por
um momento
O
poeta está só
Só
com seus botões
Com
o ar que lhe permite respiração...
Só
com seus pensamentos
Com
seus devaneios profundos
Sua
cabeça gira como gira o mundo...
O
poeta está só
Só
com as cadeiras frias
Com
as dores que lhe remontam a vida...
Só
com os papéis
Com
a pena movida pelo fetichismo
Finge
porque sabe da maldade do capitalismo
O
poeta está só
Só
com suas dúvidas
Com
a solidão que vem das ruas...
Só
com as lutas utópicas
Com
sua sensibilidade crítica
Habilidades
a tão poucos oferecidas...
O
poeta está só
Só
com sua produção intelectual
Com
a busca da palavra final...
Só
com suas aflições
Com
a necessidade de gente
Querer
a sociedade justa é urgente...
O
poeta está só
Só
por um momento...
Poema de João Crispim Victorio.
Livro: Sobre o Trabalho que Falo...
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