quinta-feira, 24 de outubro de 2019
domingo, 20 de outubro de 2019
sexta-feira, 4 de outubro de 2019
Biografia de São Francisco de Assis
São Francisco de Assis (1182-1226) foi um religioso italiano, fundador da Ordem dos Franciscanos. Era filho de um rico comerciante, mas fez votos de pobreza. Foi canonizado pelo papa Gregório IX, dois anos depois de sua morte. É conhecido como o protetor dos animais.
São Francisco de Assis (1182-1226) foi um religioso italiano, fundador da Ordem dos Franciscanos. Era filho de um rico comerciante, mas fez votos de pobreza. Foi canonizado pelo papa Gregório IX, dois anos depois de sua morte. É conhecido como o protetor dos animais.
Infância e Juventude
Giovanni di Pietro di Bernardoni, nome ve Francisco de Assis, nasceu em Assis, na Itália, no dia 5 de julho de 1182. Era filho de Joana e Pedro Bernardone Maricone, rico e conceituado comerciante de tecidos de Assis.
Seu pai estava na França quando o filho nasceu, na volta rebatizou-o com o nome de Francesco, isto é 'francês"
Francisco de Assis estudou na escola Episcopal, onde aprendeu a ler, escrever e principalmente contar. Enriquecer era uma obsessão naquela época. Ajudava seu pai no comércio, mas viver atrás de um balcão não era trabalho que o atraia.
Em 1197, morre o imperador romano-germânico, Henrique VI, senhor de grande parte da Itália, mas seu filho tinha apenas dois anos e vários nobres disputavam o trono. O Ducado de Assis era controlado pelo duque de Spoleto, que cobrava pedágio de tudo que atravessasse a região.
Inicia-se então uma revolta dos mercadores de Assis, que destroem a fortaleza do duque e conseguem conquistar o poder. Em 1198 Inocêncio III é eleito papa e a Santa Sé quer tirar vantagem com o enfraquecimento do império. Um enviado do pontífice logo chega à cidade de Assis, com o encargo de substituir o governador imperial.
Entre 1201 e 1202, os revoltosos organizam uma tropa para dar combate à nobreza feudal que recebera do imperador um privilégio que irritava os mercadores. Francisco participou das lutas entre Assis e Perúsia e ficou preso por quase um ano.
Em 1203, de volta a sua cidade, tenta recuperar o tempo perdido. Entrega-se a uma vida de festas e torneios, mas logo se mostra insatisfeito e resolve mudar de vida e resolve ser cavaleiro.
Para chegar a esse posto teria que começar como escudeiro de um nobre. Francisco parte para sua missão. Durante o percurso, ao encontrar os mendigos, vai se desfazendo de seus pertences.
Decide voltar para sua casa, sem a glória que a família esperava, e indagando dizia:
“Como pode haver tanta injustiça, tanto luxo, ao lado de tanta pobreza?”.
A Conversão
Conta-se que em 1206, orando na capela de São Damião, em Assis, Francisco ouviu de Deus as seguintes palavras: "Vá, Francisco, e restaure a Minha Casa!". Imaginando tratar-se de reconstruir a Capela, volta para casa, vende boa parte dos tecidos do pai, e entrega-se ao serviço de Deus e dos miseráveis.
Em 1208, afinal compreende o sentido da mensagem: restaurar a igreja como instituição, uma vez que ela havia se desviado dos ensinamentos de Cristo e vivia cercada de opulência. Faz votos de pobreza e começa a pregar sua doutrina.
Francisco de Assis, decidido a cumprir as Escrituras sagradas, passa a viver voltado apenas para o espírito. Seus sermões eram cada vez mais frequentados, sua fama vai se espalhando e as poucos já tinha seguidores, dispostos a formar uma nova ordem religiosa.
Em 1208, pede autorização ao papa para fundar uma irmandade mendicante. Em 1219 estava fundada a “Ordem dos Irmãos Mendigos de Assis", que se instalou em cabanas no alto dos montes e no interior das cavernas, renunciando qualquer forma de propriedade.
Ordem dos Franciscanos
Em 1215, no intuito de resguardar a autoridade papal, o Concílio de Latrão reconhece a "Ordem dos irmãos Menores de Assis”. O Cardeal Ugolino é designado “protetor” da Ordem. Francisco consente repartir seus discípulos em dois grupos para seguir em peregrinação pelo mundo para disseminar o sentimento da fé cristã e converter os infiéis.
Durante a peregrinação, os franciscanos tiveram seus primeiros martírios, cinco discípulos foram mortos, em Ceuta, pelos muçulmanos pois recusarem sua conversão ao islamismo.
Francisco de Assis embarca para a Terra Santa, onde é aprisionado e levado ao Sultão. Para mostrar a superioridade da fé cristã, Francisco anda sobre brasas e imediatamente é libertado.
Em 1220, Assis volta para a Itália e encontra uma cisão no movimento. Alguns discípulos, pressionados por Ugolino, preconizam uma reforma, com novas “regras”, menos severas quanto ao voto de pobreza.
Em 1221, Assis apresenta um texto com a nova “Regra” para a ordem: “Observar o Santo Evangelho, viver da obediência, da castidade e não possuir absolutamente nada, e só dividir a pobreza”.
O texto é recusado pelo cardeal Ugolino. Em 1223, o texto é retocado e finalmente aceito pelo papa Honório III. Os franciscanos perdem muito dos traços que os distinguiam.
Morte
Em 1224, decepcionado e doente, Francisco de Assis é obrigado a moderar suas atividades. Nesse mesmo ano renuncia a direção efetiva da irmandade que criara, e em companhia dos discípulos parte em direção à floresta, para viver em contato com a natureza.
Conta-se que na floresta, em sua presença, os peixes saltavam da água e os pássaros pousavam em seus ombros. Certo dia orando, no alto do rochedo, desceu do céu um serafim de asas resplandecentes, trazendo nos braços uma cruz.
Quando a imagem desaparece, Francisco percebe marcas de sangue nas mãos e pés, como se tivessem sido atravessados por pregos. Doente, Francisco implora que o levem para Assis, onde quer morrer.
São Francisco de Assis faleceu assistido pelos discípulos, em Assis, Itália, no dia 3 de outubro de 1226. Dois anos depois de sua morte, é canonizado pelo papa Gregório IX.
Na igreja de São Francisco de Assis, Assis, Itália, inaugurada em 1256, estão guardados os restos mortais do santo.
Oração de São Francisco
Senhor, fazei-me instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido;
amar que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado
E é morrendo que se vive para a vida eterna!
terça-feira, 1 de outubro de 2019
Disciplina: História e Filosofia da Educação
Curso
Normal: 2º Bimestre de 2019
Professor: João Crispim Victorio
Texto Modificado: Influência do Positivismo no Processo
Educacional
Antonio
José Silva Costa
Texto publicado em: https://pt.scribd.com/document/359426107/INFLUENCIA-DO-POSITIVISMO-NO-PROCESSO-EDUCACIONAL-docx
INTRODUÇÃO
No Brasil a corrente positivista só veio a
culminar a partir do século IX. Antes disso o País preocupava-se com outras
fontes de pesquisas como: estudos literários, por exemplo. Nesse contexto, os
estudos de cunho positivista eram pouco conhecidos e, por isso, veio a retardar
o seu estudo aqui. Daí então, diz-se que método positivista é uma doutrina que
tem como mentor Comte, em que se reforça que o homem procura analisar a
explicação das coisas através da observação cientifica.
O Positivismo pregava a cientifização do
pensamento e do estudo humano, visando a obtenção de resultados objetivos e
ligado ao que é correto. Os seguidores desse movimento acreditavam num ideal de
neutralidade, isto é, na separação entre o pesquisador/autor e sua obra. Nesse
âmbito, os positivistas creem que o conhecimento se explica por si mesmo,
necessitando apenas seu estudioso recuperá-lo e colocá-lo à mostra com o
auxílio do empirismo.
Segundo Comte (apud Mesquita, 2001, p.27)
"Uma vez que nosso conhecimento está uniformemente fundado em observações,
a direção de nossos interesses espirituais deve ser entregue ao poder da
ciência positiva". Em complemento pode-se afirmar que a corrente
positivista está intimamente ligada ao campo filosófico e tem um caráter
concreto dentro do estudo das ciências, e nega também tudo que seja ligado ao
teológico e metafísico e só crer naquilo que o ser humano é capaz de observar.
Quando recusa a teologia como fonte de
explicação, argumenta que o ser humano para ter certeza da existência de alguma
teoria, recorre ao poder supremo e na metafísica, sublinha que se recorre a
outros meios sobrenaturais. Sendo assim o positivismo pede uma análise empírica
e reforça que o homem só pode crer na existência de alguma coisa física capaz
de ser observada.
Myers (1996) explica que o positivismo é
uma visão que tem um caráter científico que para ser levado a sério não se
deveria procurar motivos que levam a derivar de fontes externas, mas sim
restringir-se a análises de relações existentes e que são tidas como fontes
dispostas a observação.
Na visão do autor o conhecimento, por
exemplo, para comprovação de sua existência baseava-se em fatos concretos
adquiridos através de experiências.
Para deter-se de tal informação acerca da
influência da corrente positivista no ensino, realiza-se um estudo
bibliográfico, tendo com embasamento teórico a discussão de vários pesquisadores
que trabalham nessa linha, vale ressaltar também que as informações aqui
discutidas servirão também como objeto de reflexão sobre o assunto em estudo.
PARTICIPAÇÃO
DO POSITIVISMO NA ESCOLA
Saint-Simon (apud Iskandar e Leal 2002)
foi quem deu início ao uso do termo positivismo na ciência, ele argumenta que o
raciocínio deveria se basear nos fatos concretos observados e discutidos.
O positivismo pelos meados do século XIX e
XX, teve suma importância como fator participativo no ensino e isso porque várias
ciências deram sua contribuição para a análise de estudos na área pedagógica,
dentre elas pode se destacar a psicologia e sociologia não esquecendo de se
fazer menção também a outras ciências, como a Matemática, por exemplo.
Lins (1964) aponta que como sistema
filosófico, político, social, educativo ou religioso propõe-se, no que é de
fato real, o Positivismo passa a reestruturar a sociedade sem Deus nem Rei,
através de métodos científicos e da manifestação da fraternidade universal.
Convém explicitar que o método positivista
só crê nas leis científicas e dessa forma, passa a deixar de lado o poder
supremo, pois explica-se que esse não tem como comprovar a manifestação de sua
existência e a sociedade de precisa de fórmulas comprováveis dento da base científica.
Oliveira (2010) A educação jesuítica
baseada no Ratio Studiorum, espécie de doutrina rígida em que o professor não
se afastava em matéria filosófica de Aristóteles, e teológica de Santo Tomás de
Aquino, existiu no Brasil mesmo após a expulsão dos jesuítas em 1759. Isso por
causa das mudanças promovidas por Marquês de Pombal, pois, embora este houvesse
anulado o sistema educacional jesuítico não colocara nada em seu lugar. Dessa
forma não restou aos professores leigos uma alternativa senão continuar, apesar
de pequenas mudanças ocorridas no sistema educacional, o método jesuítico que
esteve presente no Brasil por mais de duzentos anos. Assim mostra que as ideias
acerca de mutações no campo educacional apresentam-se ainda muito lento.
Na versão de Ghiraldelli Jr. (1994, p. 20)
explica que o pensamento laico longe se tornar firme o que se percebe é a
incapacidade de professores laicos em superar a organização da cultura forjada
pela igreja católica brasileira.
A presença do positivismo nas instituições
de ensino, na luta contra a escola tradicional ligado ao clero, foi vista com
algo marcadamente importante para lançamento do novas ideias que serviram para
contribuição do ensino leigo no ensino das ciências, pois como se sabe a
educação comandada pela igreja repassava somente conteúdos restritos afim de
não tornar o indivíduo um descobridor de novos conceitos ligados as descobertas
da ciências e, assim sendo, o aluno afastava-se da descobertas de métodos
científicos servindo-se apenas como depósitos de conteúdo religiosos
beneficiando, dessa forma, tento a igreja como a classe elitizada, pois para
alguns essas ideias positivistas iriam tornar os jovens pessoas pensantes e
isso era algo inaceitável pelo clero.
Para Oliveira (2010)
O objetivo maior do positivismo
pretendido inicialmente por Augusto Comte e posteriormente por seus seguidores
era promover uma reforma intelectual da sociedade, a reforma positiva do modo
de pensar uma vez que a filosofia positiva era a única capaz de responder às
exigências que o saber científico impunha à sociedade como um todo ( p. 07)
[...].
Em complemento, Rogel (1995, p. 131)
argumenta que na idade média a "igreja detinha todos os poderes, garantia
a obediência, controlava a vida intelectual e artística". Dessa maneira,
os jovens por não ter acesso a outros tipos de conhecimentos nas aulas, ficavam
impedidos de explorar seus aspectos cognitivos e assim os impossibilitava de
conhecer os métodos da ciência e colaborar com descobertas de conceitos
científicos.
Hoje com a participação incessante do
positivismo muita coisa já mudou a esse respeito, Iskandar e Leal (2002)
explicam:
Com um currículo voltado para as
ciências exatas e para a engenharia, a educação se distancia da tradição
humanista e acadêmica, havendo uma certa aceitação das formas de disciplina
típicas do positivismo.
As palavras "ordem e progresso"
que fazem parte da bandeira brasileira indicam claramente a influência
positivista. Na década de 70 deste mesmo século, a escola tecnicista teve uma
presença marcante. A valorização da ciência como forma de conhecimento
objetivo, passível de verificação rigorosa por meio da observação e da
experimentação, foi importante para a fundamentação da escola tecnicista no
Brasil.
Löwy (1998), complementa:
[...] As ciências da sociedade,
assim como as da natureza, devem limitar-se à observação e à explicação causal
dos fenômenos, de forma objetiva, neutra, livre de julgamentos de valor ou
ideologias, descartando previamente todas as prenoções e preconceitos. (p. 17)
Nesse aspecto, o estudo das ciências
dentro do processo escolar deve ser analisado separadamente dos processos
pedagógicos, pois assim se terá um esclarecimento maior nas mudanças da
influência do positivismo no conceito do ensino.
O positivismo privilegia apenas o que é
verdadeiro, concreto ou inquestionável, ou seja, tudo aquilo em que baseia na
experiência. As ideologias criadas a partir dessa premissa passaram a
influenciar a prática pedagógica atraindo pesquisadores educacionais a
participarem dessas ideias.
Acerca desse assunto, novamente Iskandar e
Leal (2002) admitem que:
A educação influenciada pelos
ideais positivistas carece de incentivo ao desenvolvimento do pensamento
crítico. A educação tecnicista apoiada nos ideais positivistas não deve
reduzir-se apenas ao ensino técnico, mas deve preocupar-se também em buscar a
razão do próprio procedimento técnico. Aceitar a ciência como o único
conhecimento, como queria o positivismo, é algo reducionista que perde uma
considerável parcela de conhecimento que não estão no dado fica prejudicada
tanto a criação como a dedução (p. 05).
O processo educacional precisa receber não
só ideias positivistas, principalmente na educação técnica, mas está sempre à
procura de novas ideias que concretize não só o ensino técnico, bem como
envolver a educação como um todo e isso é um dos ideais positivistas.
REFERÊNCIAS
GHIRALDELLI
Jr, Paulo. História da Educação. 2ª ed. São Paulo Cortez, 1994.
LINS,
Ivan. História do positivismo no Brasil. São Paulo: Ed. Nacional, 1964.
OLIVEIRA,
Claudemir Gonçalves de. A matriz positivista na educação Brasileira: uma análise
das portas de entrada no período Republicano. V 01, N 01. edições
outubro/janeiro 2010. Acessado em: 10 de janeiro de 2010
LOWY,
M. As Aventuras de Karl Marx contra o Barão de Munchhausen. Marxismo e
Positivismo na Sociologia do conhecimento. 6 ed. São Paulo: Cortez, 1998
Disciplina: Política Educacional e Organização do Sistema de Ensino
Curso
Normal: 3º Bimestre de 2019
Professor: João Crispim Victorio
Texto de apoio nº 1: A Prática Pedagógica da
Atualidade
O processo educacional sempre foi alvo de
constantes discussões e apontamentos que motivaram sua evolução em vários
aspectos, principalmente no que tange a condução de metodologias de ensino por
nossos educadores e a valorização do contexto escolar formador para nossos
alunos. Nesse aspecto GADOTTI (2000:4), pesquisador desse processo afirma que,
Enraizada na sociedade de classes escravista da Idade Antiga, destinada a uma pequena minoria, a educação tradicional iniciou seu declínio já no movimento renascentista, mas ela sobrevive até hoje, apesar da extensão média da escolaridade trazida pela educação burguesa. A educação nova, que surge de forma mais clara a partir da obra de Rousseau, desenvolveu-se nesses últimos dois séculos e trouxe consigo numerosas conquistas, sobretudo no campo das ciências da educação e das metodologias de ensino. O conceito de “aprender fazendo” de John Dewey e as técnicas Freinet, por exemplo, são aquisições definitivas na história da pedagogia. Tanto a concepção tradicional de educação quanto a nova, amplamente consolidadas, terão um lugar garantido na educação do futuro. (GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação, 2000)
Diante de enumeras transformações sociais,
onde informações e descobertas acontecem em frações de segundo, o processo de
desenvolvimento da escola entra na pauta como um dos mais importantes aspectos
a serem discutidos neste processo, pois é nela que são promovidas as mais
importantes formulações teóricas sobre o desenvolvimento cultural e social de
todas as nações, dessa forma, a pesquisa educacional acaba tomando um lugar
central na busca de perspectivas que possibilitem uma nova prática educacional,
envolvendo principalmente os agentes que conduzem o ambiente escolar,
transformando o ensino em parte integrante ou principal na motivação dessas
transformações.
Com as constantes modificações sofridas
por nossa sociedade no decorrer do tempo, dentre elas o desenvolvimento de
tecnologias e o aprimoramento de um modo de pensar menos autoritário e menos
regrado, os agentes educacionais e a escola de uma maneira geral, vêm
vivenciando um processo de mudança que tem refletido principalmente nas ações
de seus alunos e na materialização destas no contexto escolar, fato que tem se
tornado ponto de dificuldade e insegurança entre professores e agentes
escolares de forma geral, configurando em forma de comprometimento do processo
ensino-aprendizagem, sobre isso, GADOTTI (2000:6) afirma que,
Neste começo de um novo milênio, a educação apresenta- se numa dupla encruzilhada: de um lado, o desempenho do sistema escolar não tem dado conta da universalização da educação básica de qualidade; de outro, as novas matrizes teóricas não apresentam ainda a consistência global necessária para indicar caminhos realmente seguros numa época de profundas e rápidas transformações.(GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação, 2000).
A escola contemporânea sofre com o desenvolvimento
acelerado que ocorre a sua volta, onde as informações são atualizadas em
frações de segundos, ocasionando de certa forma, o desgaste e o comprometimento
das ações voltadas para o aprimoramento do ensino, fazendo com que a sala de
aula se torne um ambiente de pouca relevância para a consolidação do
conhecimento, tornando a vivência social o requisito primordial para a busca de
aprendizado, sobre essa escola, AMÉLIA HAMZE (2004:1) afirma em seu artigo “O
Professor e o Mundo Contemporâneo”, que
Como educadores não devemos identificar o termo informação como conhecimento, pois, embora andem juntos, não são palavras sinônimas. Informações são fatos, expressão, opinião, que chegam as pessoas por ilimitados meios sem que se saiba os efeitos que acarretam. Conhecimento é a compreensão da procedência da informação, da sua dinâmica própria, e das consequências que dela advém, exigindo para isso um certo grau de racionalidade. A apropriação do conhecimento, é feita através da construção de conceitos, que possibilitam a leitura crítica da informação, processo necessário para absorção da liberdade e autonomia mental. (HAMZE, A.O professor e o mundo contemporâneo, 2004).
É perceptível que o saber científico e a
busca pelo conhecimento, tem fugido do interesse da sociedade em geral, pois a
atualização das informações tem ocorrido de forma acessível a todos os
segmentos satisfazendo de uma forma geral aos interesses daqueles que as
buscam. A escola nesse contexto tem por opção repensar suas ações e o seu papel
no aprimoramento do saber, e para isso, uma reflexão sobre seus conceitos
didático-metodológicos precisa ser feita, de forma a adequar-se ao momento
atual e principalmente colocar-se na postura de organização principal e mais
importante na evolução dos princípios fundamentais de uma sociedade, DOWBOR
(1998:259), sobre essa temática diz que,
...será preciso trabalhar em dois
tempos: o tempo do passado e o tempo do futuro. Fazer tudo hoje para superar as
condições do atraso e, ao mesmo tempo, criar as condições para aproveitar
amanhã as possibilidades das novas tecnologias. (DOWBOR, L. A Reprodução
Social, 1998)
GADOTTI (2000:8), sobre o assunto afirma
que seja qual for à perspectiva que a educação contemporânea tomar, uma
educação voltada para o futuro será sempre uma educação contestadora,
superadora dos limites impostos pelo Estado e pelo mercado, portanto, uma
educação muito mais voltada para a transformação social do que para a
transmissão cultural.
Dessa Forma, a prática pedagógica dos
agentes educacionais no momento atual, bem como a condução do processo
ensino-aprendizagem na sociedade contemporânea, precisa ter como primícias a
necessidade de uma reformulação pedagógica que priorize uma prática formadora
para o desenvolvimento, onde a escola deixe de ser vista como uma obrigação a
ser cumprida pelo aluno, e se torne uma fonte de efetivação de seu conhecimento
intelectual que o motivará a participar do processo de desenvolvimento social,
não como mero receptor de informações, mas como idealizador de práticas que
favoreçam esse processo,
Na sociedade da informação, a escola deve servir de bússola para navegar nesse mar do conhecimento, superando a visão utilitarista de só oferecer informações “úteis” para a competitividade, para obter resultados. Deve oferecer uma formação geral na direção de uma educação integral. O que significa servir de bússola? Significa orientar criticamente, sobretudo as crianças e jovens, na busca de uma informação que os faça crescer e não embrutecer. (GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação, 2000)
Segundo Ladislau Dowbor (1998:259), a
escola deixará de ser “lecionadora” para ser “gestora do conhecimento”.
Prossegue dizendo que pela primeira vez a educação tem a possibilidade de ser
determinante sobre o desenvolvimento. A educação tornou-se estratégica para o
desenvolvimento, mas, para isso, não basta “modernizá-la”, como querem alguns.
Será preciso transformá-la profundamente.
O professor nesse contexto deve ter em
mente a necessidade de se colocar em uma postura norteadora do processo
ensino-aprendizagem, levando em consideração que sua prática pedagógica em sala
de aula tem papel fundamental no desenvolvimento intelectual de seu aluno,
podendo ele ser o foco de crescimento ou de introspecção do mesmo quando da sua
aplicação metodológica na condução da aprendizagem. Sobre essa prática, GADOTTI
(2000:9) afirma que “nesse contexto, o educador é um mediador do conhecimento,
diante do aluno que é o sujeito da sua própria formação. Ele precisa construir
conhecimento a partir do que faz e, para isso, também precisa ser curioso,
buscar sentido para o que faz e apontar novos sentidos para o que fazer dos
seus alunos”.
Ele afirma ainda que,
Os educadores, numa visão emancipadora, não só transformam a informação em conhecimento e em consciência crítica, mas também formam pessoas. Diante dos falsos pregadores da palavra, dos marketeiros, eles são os verdadeiros “amantes da sabedoria”, os filósofos de que nos falava Sócrates. Eles fazem fluir o saber (não o dado, a informação e o puro conhecimento), porque constroem sentido para a vida das pessoas e para a humanidade e buscam, juntos, um mundo mais justo, mas produtivo e mais saudável para todos. Por isso eles são imprescindíveis. (GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação, 2000)
HAMZE (2004:1) em seu artigo “O Professor
e o Mundo Contemporâneo” considera que Os novos tempos exigem um padrão
educacional que esteja voltado para o desenvolvimento de um conjunto de
competências e de habilidades essenciais, a fim de que os alunos possam
fundamentalmente compreender e refletir sobre a realidade, participando e
agindo no contexto de uma sociedade comprometida com o futuro. (HAMZE, A.O
professor e o mundo contemporâneo, 2004).
Assim, faz-se necessário à busca de uma
nova reflexão no processo educativo, onde o agente escolar passe a vivenciar
essas transformações de forma a beneficiar suas ações podendo buscar novas
formas didáticas e metodológicas de promoção do processo ensino-aprendizagem
com seu aluno, sem com isso ser colocado como mero expectador dos avanços
estruturais de nossa sociedade, mas um instrumento de enfoque motivador desse
processo.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
CASTRO, A. H. O professor e o mundo contemporâneo. Jornal O Diário Barretos, opinião aberta, 08 jul 2004.
DOWBOR,
L. A reprodução Social. São Paulo: Vozes, 1998.
GADOTTI,
M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 2000.
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