25 de outubro:
Celebração cristã dos irmãos gêmeos Crispim e Crispiniano
Celebração cristã dos irmãos gêmeos Crispim e Crispiniano
padroeiros dos sapateiros.
Peço Licença aos Irmãos Crispim e Crispiniano e a Todos os Filhos de Fé!!!
Peço Licença aos Irmãos Crispim e Crispiniano e a Todos os Filhos de Fé!!!
São Crispim e São Cipriano, rogai por
nós.
Histórico de São Crispim e Crispiniano
Crispim e Crispiniano eram irmãos de origem romana. Cresceram juntos e
converteram-se ao cristianismo na adolescência. Eram muito populares,
caridosos, e pregavam com ardor a fé que abraçaram.
Os irmãos eram sapateiros e acompanhavam São Quintino em sua viagem a
França, tirando o seu sustento fazendo sapatos. A tradição diz que eles eram
estudiosos da doutrina cristã e eram muito bons pregadores.
Quando alcançaram o território francês, os dois irmãos estabeleceram-se
na cidade de Soissons. Lá, seguiram uma rotina de dupla jornada, isto é, de dia
eram missionários e à noite, em vez de dormir, trabalhavam numa oficina de
calçados para sustentar-se e continuar fazendo caridade aos pobres.
Quando a cruel perseguição imposta por Roma chegou a Soissons, era época
do imperador Diocleciano e a Gália estava sob o governo de Rictiovarus. Quando
foram presos e levados presença de Rictiovarus, que detestava os cristãos;
Crispim e Crispiniano deixaram Rictiovarus tão nervoso com sua argumentação
sólida e perfeita sobre Jesus, que Rictiovarus cometeu suicídio.
Os dois irmãos foram acusados e presos. Seus carrascos os torturaram até
o limite, exigindo que abandonassem publicamente a fé cristã. Como não o
fizeram, foram friamente degolados, ganhando a coroa do martírio.
O co-imperador Maximiano (286-305) furioso ordenou a sua morte imediata
por decapitação em 286 DC.
As tradições seculares contam que, durante a fuga, na noite de Natal, os
irmãos Crispim e Crispiniano batiam nas portas buscando refúgio, mas ninguém os
atendia. Finalmente, foram abrigados por uma pobre viúva que vivia com um
filho. Agradecidos a Deus, quiseram recompensá-la fazendo um novo par de
sapatos para o rapazinho.
Trabalharam rápido e deixaram o presente perto da lareira. Mas antes de
partir, enquanto todos ainda dormiam, Crispim e Crispiniano rezaram pedindo
amparo da Providência Divina para aquela viúva e o filho. Ao amanhecer, viram
que os dois tinham desaparecido e encontraram o par de sapatos cheio de moedas.
Eles são os padroeiros dos fabricantes de sapatos e dos sapateiros e
foram muito populares na Idade Média. Na tradição da Igreja inglesa é dito que
eles viveram por algum tempo em Faversham, Kent, Inglaterra.
As relíquias dos corpos desses dois nobres romanos mártires estavam
sepultadas na belíssima igreja de Soissons, construída no século VI. Depois,
parte delas foi transportada para Roma, onde foram guardadas na igreja de São
Lourenço da via Panisperna.
Celebram-se os santos Crispim e Crispiniano como padroeiros dos
sapateiros no dia 25 de outubro. Essa profissão, uma das mais antigas da
humanidade, era muito discriminada, por estar sempre associada ao trabalho dos
curtidores e carniceiros. Mas o cristianismo mudou a visão e ela foi resgatada
graças ao surgimento dos dois santos sapateiros, chamados de mártires
franceses.
Na arte litúrgica, eles são mostrados segurando sapatos ou ferramentas
de sapateiro.
Nas festas de São Cosme, Damião e Doum, a duração costuma ser durante
todo um mês, iniciando a 27 de setembro (Cosme e Damião) e terminando a 25 de
outubro (Crispim e Crispiniano), devido a ligação espiritual que há entre
Crispim e Crispiniano com os Santos gêmeos, pela sincretização que houve destes
santos católicos com as crianças na umbanda, e com os ibejis, ou erês (nome
dado pelos nagôs aos santos-meninos que têm as mesmas missões).
Hino a
São Crispim e São Crispiniano
Dois
exemplos da Santa Humildade,
Que renega o fastígio do mundo,
Trocam fausto, riquezas, vaidade
Pelo amor do trabalho fecundo.
Que renega o fastígio do mundo,
Trocam fausto, riquezas, vaidade
Pelo amor do trabalho fecundo.
São
Crispim, nosso provido guia!
Crispiniano, da cruz mártir santo!
Consegui que possamos, um dia,
Repetir lá no Céu este canto!
A oficina dos santos obreiros
É, então, um sacrário de luz,
Onde todos acorrem ligeiros
Ao chamado da voz de Jesus.
Crispiniano, da cruz mártir santo!
Consegui que possamos, um dia,
Repetir lá no Céu este canto!
A oficina dos santos obreiros
É, então, um sacrário de luz,
Onde todos acorrem ligeiros
Ao chamado da voz de Jesus.
Mas dos
ímpios o féro delírio,
Aos clarões da verdade singela,
Os dois santos conduz ao martirio,
Que milagres de Fé mais revela.
Coroados, por fim, com as palmas,
Que aos justos reserva o altar,
Jubilosas estão nossas almas
Seus louvores e glória a cantar.
Aos clarões da verdade singela,
Os dois santos conduz ao martirio,
Que milagres de Fé mais revela.
Coroados, por fim, com as palmas,
Que aos justos reserva o altar,
Jubilosas estão nossas almas
Seus louvores e glória a cantar.
Oração a São Crispim e Crispiniano
Oh! Deus, que com tão
inefável bondade inspirastes a vossos fiéis servos Crispim e Crispiniano a
renúncia dos bens terrenos e o amor das espirituais delícias, o horror das
mundanas vaidades e os encantos da eterna bem-aventurança, o desprezo das galas
transitórias e gosto dos trabalhos humildes, concedei-nos, pela intercessão
destes ilustres Mártires a graça da verdadeira sabedoria, desprezando tudo o
que é efêmero e caduco para amarmos somente o que é salutar e eterna. E vós
inclitos Patronos, que tão heroicamente empenhastes a vossa vida para atear na
terra o amor de Jesus, intercedei por nós, para que seguindo o vosso exemplo
possamos honrar sempre o nome cristão.
Por Jesus Cristo Senhor Nosso. Assim seja.
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